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Cryptostegia madagascariensis, ou comumente conhecida pelos nomes de boca-de-leão, viuvinha, viúva-alegre, cálice-de-cristo, unha-do-cão ou unha-do-diabo é aquela plantinha trepadeira com florezinhas lilás, originária da ilha de Madagascar, África. A planta foi trazida para o Brasil para fins ornamentais, porém, ao passar dos anos e com a adaptação muito fácil ao clima, a unha-do-diabo se tornou uma vilã para a fonte de renda imprescindível na vida do sertanejo: a Carnaúba.

A planta, aparentemente inofensiva é ótima para paisagismo, decoração, além de favorecer um ótimo sombreamento. Encanta com suas cores para quem olha das estradas que cortam todo o Sertão. Mas a beleza dessa planta que se prolifera, principalmente, nas matas ciliares, às margens de rios e lagoas e carnaubais, tem um preço. Excêntrica e nociva, a unha-do-diabo cresce, floresce e fecha espaço muito rapidamente, ocasionando, principalmente, o sufocamento da carnaúba, impedindo sua fotossíntese e levando a planta à morte.

Uma das principais causas para o desaparecimento de biodiversidade são as invasões biológicas. Um projeto para o controle dessa problemática está sendo desenvolvido através de parcerias de Universidades (UECE e UFC, UFV, UEFS e CABI), sob a coordenação da Associação Caatinga. O estudo visa compreender quais medidas devem ser usadas para combater a proliferação da planta exótica e invasora que vem devastando os carnaubais nordestinos e afetando negativamente a cadeia produtiva da cera de carnaúba, um dos dez produtos mais exportados do Ceará.

TIRA-DÚVIDAS
Plantas invasoras são espécies originárias de outra região ou bioma. Elas se adaptam e proliferam muito bem no novo ambiente, competindo com as espécies nativas por nutrientes, luz solar e mesmo por espaço físico. Em alguns biomas as plantas invasoras podem se tornar um problema sério, modificando drasticamente o ecossistema “invadido”. Uma planta é considerada invasora, na agricultura, quando ocorre em local e tempo inoportuno, interferindo negativamente no ciclo.