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A doação de R$ 1,2 milhão ajudará a controlar uma erva daninha invasora na Caatinga.

RACINE, Wis., 27 de junho de 2018 – A SC Johnson anunciou hoje a doação de R$ 1,2 milhão para o Centro Internacional de Biociência Agrícola (CABI), como parte das iniciativas da empresa em prol da proteção de recursos naturais para as futuras gerações. Esse subsídio ajudará a orientar a pesquisa em gestão e controle da unha-do-diabo (Cryptostegia madagascariensis), uma planta daninha exótica e invasiva que ameaça atualmente o ecossistema único da Caatinga, incluindo a carnaúba (Copernicia prunifera), palmeira nativa do nordeste do Brasil.

“A natureza agressiva da unha-do-diabo, se deixada sem controle, pode ter um impacto devastador sobre a diversidade da flora local, resultando na perda de vegetação nativa, inclusive a palmeira carnaúba,” disse Fisk Johnson, presidente do conselho e CEO da SC Johnson. “Este importante esforço ajudará na recuperação da saúde da Caatinga e na sustentação da carnaúba para as futuras gerações.”

Esta iniciativa é cofinanciada pela Agência do Desenvolvimento do Estado do Ceará (ADECE) e o SINDCARNAÚBA, o Sindicato das Indústrias Refinadoras de Cera de Carnaúba do Ceará, e coordenada no Brasil pela Associação Caatinga. O financiamento conjunto ajudará a estabelecer três estações de monitoramento no Ceará para uma base de pesquisa de longo prazo sobre a invasão da unha-do-diabo e a desenvolver uma estratégia de gerenciamento da planta, com o objetivo de introduzir e dispersar o fungo da ferrugem (Maravalia cryptostegiae) para, potencialmente, controlar a espécie.

A unha-do-diabo é uma trepadeira daninha de Madagascar que não tem predadores naturais no Brasil. A planta é tipicamente identificada por suas flores roxas em forma de sino, que normalmente florescem depois de chuvas fortes. Uma vez estabelecida, a unha-do-diabo pode florescer na maior parte do ano e suas sementes são espalhadas pelo vento e em vias fluviais. É conhecida por sufocar as plantas ao seu redor, inclusive a icônica palmeira carnaúba, fonte de cera e uma importante planta para a economia do Ceará. A unha-do-diabo priva outras plantas de luz e dióxido de carbono, pode cobrir o topo de árvores com sua pesada folhagem densa e é conhecida por bloquear o acesso a vias fluviais e por reduzir a área de pastagem para o gado. O leite do caule, ou látex, também é venenoso.

O fungo de ferrugem, que também é nativo de Madagascar, será avaliado como um potencial agente de controle biológico pela CABI no Reino Unido para assegurar que o fungo somente atacará a unha-do-diabo. Depois da coleta do fungo em campo em Madagascar, será conduzido um rígido teste de segurança sob condições de quarentena no Reino Unido. Se aprovado para liberação pelo governo brasileiro, o fungo deve provocar o desfolhamento da planta, o que reduzirá o crescimento da trepadeira, assim como a sua floração e produção de sementes, finalmente contendo a invasão no ecossistema da Caatinga.

“Este investimento ajudará a abordar um problema crescente que vem tendo um impacto prejudicial sobre a flora e fauna nativas da Caatinga. Se deixada sem controle, esta erva daninha invasora continuará a se espalhar por novas áreas do Brasil,” disse o Dr. Harry Evans, pesquisador emérito, da equipe de gerenciamento de espécies invasoras, CABI. “A redução do crescimento e da invasão da unha-do-diabo é essencial para assegurar a saúde da Caatinga no longo prazo e, potencialmente, de outros ecossistemas brasileiros também.”

A Caatinga
Chamada pelas populações nativas de “Floresta Branca”, o ecossistema da Caatinga cobre cerca de 11 por cento do Brasil e está espalhada pelos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, norte de Minas Gerais, Maranhão, Paraíba, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe. Esta floresta seca é o lar da maior população de palmeiras de carnaúba do mundo. Também tem uma das mais diversificadas floras do mundo e sua biodiversidade é extremamente importante para a manutenção da variedade de animais nativos da região, como o emblemático tatu-bola.

A SC Johnson protege o meio ambiente do Brasil há décadas
A SC Johnson tem tido um papel significativo na proteção ambiental no Brasil há mais de oito décadas. Desde a expedição Carnaúba original de 1935 até suas contribuições para a proteção de duas reservas na ecoregião da Caatinga do Brasil nos anos 1990 e a criação do Fundo para Conservação da Caatinga, dedicado ao estudo e à proteção ambiental, a empresa vem investindo significativamente na região. Além disso, a SC Johnson doou 7.300 hectares de terras de Caatinga para a The Nature Conservancy. Em 2017, a empresa fez uma parceria com a Conservação Internacional para ajudar na conservação de mais de 40.000 hectares de terras, a grande maioria na região da Amazônia.

Sobre a SC Johnson
A SC Johnson é uma empresa familiar dedicada a produtos inovadores e de alta qualidade, à excelência no local de trabalho e ao compromisso de longo prazo com o meio ambiente e as comunidades onde atua. Com sede nos EUA, a empresa é um dos principais fabricantes mundiais de produtos de limpeza doméstica e produtos de armazenagem doméstica, purificadores de ar, controle de pragas e cuidados para calçados, além de produtos profissionais. Ela comercializa marcas bastante conhecidas, como GLADE®, KIWI®, OFF!®, PLEDGE®, RAID®, SCRUBBING BUBBLES®, SHOUT®, WINDEX® e ZIPLOC® nos EUA e em outros países, com marcas comercializadas fora dos EUA, como AUTAN®, TANA®, BAMA®, BAYGON®, BRISE®, KABIKILLER®, KLEAR®, MR MÚSCLO® e RIDSECT®. Com 132 anos de história, a empresa gera US$ 10 bilhões em vendas, emprega aproximadamente 13 mil pessoas em todo o mundo e vende produtos em quase todos os países. www.scjohnson.com

Sobre o Centre for Agriculture and Biosciences International (CABI)
O CABI é uma organização internacional sem fins lucrativos que melhora as vidas das pessoas fornecendo informações e aplicando expertise científica para solucionar problemas na agricultura e no meio ambiente. Através do compartilhamento de conhecimento e ciência, o CABI ajuda a atender questões de preocupação global tais como melhorias na segurança global de alimentos e na salvaguarda do meio ambiente. Fazemos isso ao ajudar fazendeiros a crescer mais e perder menos do que produzem, combatendo ameaças de pestes e doenças para a agricultura e o meio ambiente, protegendo a biodiversidade contra espécies invasoras e melhorando o acesso ao conhecimento científico agrícola e ambiental. Nossos 48 países membros guiam e influenciam nossas principais áreas de trabalho, que incluem projetos de desenvolvimento e pesquisa, publicações científicas e serviços microbianos.

Parcerias Nacionais
No Brasil, o projeto conta com parcerias de universidades e órgãos ambientais que desempenham um papel estratégico e fundamental para a execução da pesquisa. Dentre elas, a Universidade Estadual do Ceará (UECE), Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Federal de Viçosa (UFV), Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e Embrapa Meio Ambiente.