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A data foi instituída pela ONU (Organizações das Nações Unidas) com o propósito de conscientizar, politizar e alertar a população a respeito do valor e a representação que o tema tem para o mundo. No cenário atual do Brasil, o período é uma oportunidade ímpar de debater as formas de utilização dos nossos recursos naturais como também a redução de danos ambientais e sociais, de forma que, possa garantir uma junção socioeconômica que essa união traz.

A Caatinga, como único bioma exclusivamente brasileiro e o mais rico em biodiversidade do mundo quando comparado a outras regiões semiáridas, também abriga cerca de 27 milhões de pessoas, a maioria carente e dependente dos recursos do bioma para sobreviver. Há um problema nisso, pois existe uma degradação do local pela forma que se é explorada, muitas vezes onde não se da trégua ao solo.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente, cerca de 7% da caatinga se encontra em Unidades de Conservação, menos de 1% em unidades de proteção integral (como Parques, Reservas Biológicas e Estações Ecológicas), que são as mais restritivas à intervenção humana. E grande parte dessas unidades apresentam problemas básicos, como ausência de regularização fundiária, falta de plano de manejo e carência de pessoal.

A biodiversidade da Caatinga ampara diversas atividades econômicas voltadas para fins agrosilvopastoris (sistema onde consegue ao mesmo tempo conservar os recursos naturais, aumentar a produtividade agrícola e pecuária, fixar o homem no campo e trazer melhorias na qualidade de vida) e industriais, especialmente nos ramos farmacêutico, de cosméticos, químico e de alimentos.

Conscientizar pessoas na forma dessa gestão de utilização e reutilização de recursos naturais, bem como promover a conservação das terras, florestas, águas e garantir todas as suas possibilidades de vida do bioma da Caatinga é o que a Associação Caatinga vem lutando ao longo de quase vinte anos de existência.

A Associação desenvolve projetos para a conservação e sustentabilidade da Caatinga através de seguintes linhas de atuação:

– Adequação legal e ambiental (apoio na adoção de medidas que visam o cumprimento da legislação vigente);

– Apoio à pesquisa científica (através de parcerias e convênios com instituições de ensino, pesquisa e extensão, a Associação Caatinga busca potencializar a produção acadêmica sobre a Caatinga);

– Cadastro ambiental rural – CAR (serviço de adequação destas ao novo código florestal para a regularização ambiental das propriedades rurais e adequação destas ao novo código florestal);

– Educação ambiental (A Associação oferece cursos e materiais para diversas áreas ambientais e, através de projetos educativos, campanhas, cursos, oficinas, publicações e exposições traz a disseminação de informações sobre as riquezas da Caatinga);

– Elaboração de estudos para criação de unidades de conservação (equipe técnica especializada na realização de estudos específicos para elaboração de propostas detalhadas de criação de Unidades de Conservação);

– Elaboração de planos de manejo de unidades de conservação (plano de manejo é um documento técnico elaborado com base nos objetivos da Unidade de Conservação e estabelece o sistema de gestão);

– Neutralização de emissões de carbono (neutralização das emissões de carbono de eventos, processos e atividades de empresas ou pessoa física);

– Palestras (palestras para comunidades, escolas, universidades e instituições públicas e privadas com as temáticas de atuação da instituição);

– Políticas públicas (A Associação Caatinga trabalha no fomento à criação de leis e programas que aumentem a proteção e a conservação da Caatinga);

– Produção de materiais (variedade de materiais didáticos e de sensibilização do público-alvo, facilitando o alcance dos resultados do projeto desenvolvido);

– Produção de mudas nativas (em parceria com a UFC, a Associação desenvolveu o protocolo para a produção de mudas de 37 diferentes espécies arbóreas da caatinga);

– Projetos de educação ambiental (os projetos facilitam os resultados em empresas e organizações que buscam a melhoria dos processos produtivos e do seu desempenho ambiental);

– Recuperação de áreas degradadas (equipe de consultores especializados para o estudo da área degradada e para a identificação das melhores técnicas de recuperação dessas áreas);

– Restauração florestal (produção de mudas de espécies nativas da Caatinga para recomposição e restauração florestal de áreas degradadas);

– Tecnologias socioambientais (A Associação Caatinga dissemina o uso de tecnologias sustentáveis que diminuem o impacto das ações humanas sobre os recursos naturais da Caatinga).

Em suas ações, a Associação trabalha na construção de uma rede de parceiros, potencializando a mobilização de pessoas e instituições interessadas na conservação da biodiversidade da Caatinga, num espectro que abrange universidades, órgãos técnicos e de financiamento, proprietários rurais e agricultores familiares, empresários, organizações do terceiro setor e instituições governamentais.