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A Associação Caatinga iniciou um projeto  que promete transformar a gestão e garantir a sustentabilidade financeira do Parque Estadual do Cânion do Rio Poti, uma das mais importantes unidades de conservação do Piauí. O parque, localizado em Buriti dos Montes, abrange uma área de aproximadamente 24 mil hectares e é conhecido por sua rica biodiversidade e valor histórico. O local abriga espécies ameaçadas, como o tatu-bola-da-caatinga (Tolypeute tricinctus), e sítios arqueológicos com gravuras rupestres.

A iniciativa, intitulada “Conservação e Sustentabilidade Financeira no Parque Estadual do Cânion do Rio Poti”, foca na preservação ambiental e no desenvolvimento socioeconômico da região. O projeto conta com o apoio da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh/PI) e financiamento do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF). Dessa forma, seu objetivo principal é fortalecer a conservação do Bioma Caatinga, abrangendo tanto o parque quanto seu entorno.

Visitas técnicas

Recentemente, a equipe da Associação Caatinga, junto com consultores da Future Climate Group , visitou diversas comunidades rurais em Buriti dos Montes e Castelo do Piauí, realizou reuniões com membros do Conselho Gestor do Parque, com as secretarias de turismo e meio ambiente da região, explorou trilhas e atrações turísticas, como o Poço da Cruz e a Cachoeira da Lembrada, bem como visitou comunidades de trabalham com artesanato. Assim sendo, a ideia é compreender o contexto territorial e turístico da região, de forma a construir um plano de sustentabilidade financeira que beneficie tanto o meio ambiente quanto a população local.

“Em síntese, 0 Cânion do Rio Poti possui um enorme potencial para o ecoturismo e a nossa ideia é capacitar os gestores públicos com alternativas de geração de renda para tornar a manutenção do parque mais viável, além de facilitar o alcance dos objetivos ambientais da unidade”, explicou Samuel Portela, coordenador de conservação da Associação Caatinga.

O projeto prevê a elaboração de um Plano de Sustentabilidade Financeira, e de um Plano de Manejo Integrado do Fogo para a área. Por outro lado, a iniciativa também capacitará as comunidades locais em práticas de manejo do fogo e realizará ações de educação ambiental. A interação com as comunidades próximas ao parque é essencial para o sucesso do projeto, pois, além de garantir a preservação da biodiversidade, também promoverá emprego e renda para a população.

Como resultado, a expectativa da implementação do projeto é que o Parque Estadual do Cânion do Rio Poti se torne um modelo de sustentabilidade, servindo de referência para outras unidades de conservação no Brasil.

“Portanto, acreditamos que o engajamento das comunidades locais é fundamental para a preservação do parque. Vamos trabalhar para que essas ações gerem benefícios ambientais e econômicos, promovendo um ciclo sustentável na região”, ressaltou Portela.

Realização, financiamento e coordenação

O Projeto ‘Conservação e Sustentabilidade Financeira no Parque Estadual do Cânion do Rio Poti’ é realizado pela Associação Caatinga em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH/PI) e financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) no âmbito do Projeto Estratégias de Conservação, Restauração e Manejo para a biodiversidade da Caatinga, Pampa e Pantanal (GEF Terrestre), que é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e tem o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como agência implementadora e o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade – FUNBIO como agência executora.