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A Associação Caatinga (AC) produziu e lançou o “Guia de manejo integrado do fogo: queimada controlada”, uma cartilha didática criada para sensibilizar produtores rurais das comunidades do entorno do Parque Estadual do Cânion do Rio Poti. A área é uma unidade de conservação localizada no município de Buriti dos Montes (PI).

A cartilha reúne diversas informações sobre o manejo integrado do fogo, abordando desde técnicas de queima controlada até a legislação estadual vigente sobre o tema. O objetivo é orientar os agricultores de forma clara, prática e acessível. Além de ser entregue diretamente aos agricultores, o material também pode ser baixado gratuitamente no site da Associação Caatinga.

O guia faz parte do projeto “Conservação e Sustentabilidade Financeira no Parque Estadual do Cânion do Rio Poti”, que é realizado pela AC. A iniciativa tem o objetivo principal de conservar as florestas remanescentes do estado do Piauí com foco especial para o Parque Estadual do Cânion do Rio Poti e seu entorno. Além do guia, a Associação Caatinga também está desenvolvendo um plano de sustentabilidade financeira para o Parque.

Cânion do Rio Poti e Serra das Almas

Além de orientar agricultores sobre as técnicas de manejo de queimadas controladas e proteger o Cânion do Rio Poti de incêndios florestais, o guia tem outro objetivo: contribuir para a preservação da Reserva Natural Serra das Almas, unidade de conservação que é gerida pela Associação Caatinga.

A área tem 6.285 hectares de extensão e está a cerca de 50 quilômetros do Cânion do Rio Poti. Dessa forma, entre a Serra das Almas e o Parque, forma-se o que especialistas chamam de corredor ecológico, ou seja, uma faixa de vegetação preservada que conecta áreas fragmentadas, permitindo que a fauna e a flora se desloquem, interajam e expandam seus territórios.

Gilson Miranda, gestor da Reserva Natural Serra das Almas, explica a importância de ações como essa: “a queimada para fazer o ‘roçado’ ainda é uma técnica comum na Caatinga, pois os agricultores querem queimar a biomassa do solo e preparar o terreno para o próximo plantio, mas essa prática, quando não é feita de forma correta, pode ocasionar incêndios florestais, inclusive colocando em risco unidades de conservação como o Parque Estadual e a Serra das Almas”.

Agendas globais de sustentabilidade

As atividades do projeto estão alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), um conjunto de 17 metas globais estabelecidas pela Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU).

Os ODS abordam diversos aspectos do desenvolvimento social, econômico e ambiental, incluindo o combate à pobreza, promoção da igualdade de gênero, enfrentamento do aquecimento global, acesso à educação de qualidade, melhoria da saúde, entre outros. O objetivo é que esses compromissos sejam alcançados até 2030.

As iniciativas do projeto estão diretamente conectadas a três objetivos da Agenda 2030:

  • ODS 6: Água potável e saneamento
  • ODS 13: Ação contra a mudança global do clima
  • ODS 15: Vida terrestre, com foco na proteção e recuperação dos ecossistemas.

Além disso, o projeto também está alinhado a outras importantes agendas globais de sustentabilidade, como o Marco Global de Biodiversidade e a Década da Restauração de Ecossistemas.

Patrocínio e apoio

O Projeto ‘Conservação e Sustentabilidade Financeira no Parque Estadual do Cânion do Rio Poti’ é realizado pela Associação Caatinga em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí (SEMARH-PI) e financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) no âmbito do Projeto Estratégias de Conservação, Restauração e Manejo para a biodiversidade da Caatinga, Pampa e Pantanal (GEF Terrestre), que é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e tem o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como agência implementadora e o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade – FUNBIO como agência executora.