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Ocorreu na última terça-feira (17/10), em Teresina – PI, uma solenidade de assinatura de decretos para a Criação das Novas Unidades de Conservação Ambiental e sansão da Lei Estadual que instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservação.

O momento contou com ativa participação da Associação Caatinga, que por meio de serviços prestados, acompanhou todo o processo da criação. Esse é um marco para as unidades do Piauí, pois todas, até então, tinham apoio Federal e essa tem apoio Estadual.

Samuel Portela, biólogo e Coordenador de Áreas Protegidas da Associação Caatinga esteve presente no evento, e reitera a importância de acontecimento para a manutenção dos Biomas Caatinga e Cerrado. “A iniciativa aumentou consideravelmente a quantidade de áreas legalmente protegidas, assegurando a manutenção de inúmeros serviços ambientais e preservando o habitat de diversas espécies de fauna e flora”.

No início de 2017 a Associação Caatinga foi a organização contratada pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí (SEMAR) para os estudos que deram subsídio para a definição da poligonal do novo parque. Na área estabelecida em 24.772,23 hectares, foram identificados dados relacionados à fauna, flora, meio físico – compreendendo formações rochosas, relevo, altitude, e meio antropológico – relativo às populações que vivem no entorno do Cânion.

Localidades
As Unidades de Conservação que estão sendo criadas por decreto são: Parque Estadual do Rangel, abrangendo parte dos municípios de Curimatá e Redenção do Gurguéia; Parque Estadual do Cânion do Rio Poti, situado no município de Buriti dos Montes; Área de Proteção Ambiental (APA) Nascentes do Rio Canindé, em terras situadas no município de Acauã; Área de Proteção Ambiental (APA) Nascentes do Rio Longá, em terras situadas no município de Alto Longá; Área de Proteção Ambiental (APA) Nascentes do Rio Uruçuí – Preto, em terras situadas nos municípios de Gilbués, Santa Filomena, Baixa Grande do Ribeiro, Bom Jesus e Monte Alegre do Piauí; Área de Ambiental (APA) Altos Cursos dos Rios Gurguéia e Uruçuí-Vermelho, em terras situadas nos municípios de São Gonçalo do Gurguéia, Barreiras do Piauí e Gilbués; e o enquadramento Parque Estadual Zoobotânico na categoria estabelecida na lei do SEUC/SNUC.

Serviço
O nome da Associação Caatinga está sempre relacionado a projetos exitosos mas também prestamos serviços e consultorias ambientais. Para o caso como o da criação da UC a AC trabalha com Políticas Públicas no fomento à criação de leis e programas que aumentem a proteção e a conservação da Caatinga e com Estudos para criação de Unidades de Conservação públicas, onde uma equipe técnica especializada na realização de estudos específicos para elaboração de propostas detalhadas de criação de Unidades de Conservação (UC).

Acesse o link e conheça mais serviços prestados pela Associação Caatinga.

Casa do tatu-bola
O rio Poti nasce no Ceará, e deveria seguir naturalmente para o litoral cearense, mas, ao chegar ao município de Buriti dos Montes – PI, o curso encontra uma falha geológica talhada há milhões de anos, com paredões que chegam a 60 metros de altura que atravessam a serra e leva até Teresina. O lugar é ponto de conservação de pinturas rupestres em cavernas e de uma beleza incomum, originada pelas escavações feitas pela correnteza.

Em 2016 a Associação Caatinga produziu o documentário “Expedição ao Cânion do Poti”. Numa trajetória de 10 dias, pesquisadores se aventuraram na região do Cânion na busca por identificar as áreas de ocorrência do Tatu-bola (Tolypeutes tricinctus). A iniciativa faz parte do Projeto Tatu-bola, que visa a conservação da espécie que pertence a lista vermelha dos animais com risco de extinção segundo a União Internacional de Conservação da Natureza (IUCN).