Dia Internacional da Biodiversidade e Dia Mundial das Abelhas
Na última quarta-feira, 22 de maio, o mundo celebrou mais um Dia Internacional da Biodiversidade. A data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) alerta para a conscientização das pessoas sobre a necessidade de conservar e proteger a diversidade de vida no planeta.
A biodiversidade como conhecemos depende do trabalho e interação de todos os elementos que encontramos na natureza. Um desses trabalhos de base e não menos importante é o dos insetos. Essa classe desempenha um papel vital no ciclo de reprodução da vida. Muitos alimentam-se do néctar e do pólen das flores sendo responsáveis pela transferência do DNA de uma planta para outra, através da polinização.
E impossível falar sobre insetos e não sem citar o belo e organizado trabalho das abelhas. Na mesma semana, mais especificamente dia 20 de maio foi comemorado o Dia Mundial das Abelhas. As abelhas fazem o incansável serviço de polinização, que garante a produção de frutos e sementes e a reprodução de inúmeras plantas, sendo, portanto, um dos principais meios de promoção e manutenção da biodiversidade no planeta.
Entretanto, a aplicação indiscriminada de pesticidas, o desmatamento, queimadas e o aquecimento global vem dia após dia dizimando as abelhas. Mas, o problema não é somente a morte delas, pois elas não são as únicas polinizadoras, mas sim que o seu desaparecimento iria desencadear uma reação em cadeia no meio ambiente que iria afetar cada ser vivo da natureza.
De acordo com dados da ONU, elas são responsáveis por 73% da polinização das plantas cultivadas e utilizadas de forma direta ou indireta na alimentação humana. No Brasil, as plantações de maracujá, melancia, acerola e melão dependem 100% da polinização. Na Caatinga, por exemplo, existem abelhas sem ferrão (ferrão atrofiado), como a Jandaíra, que é responsáveis pela polinização de 30 a 60% das plantas nativas do bioma, como também do Pantanal e de manchas da Mata Atlântica.
Pensando nisso, um dos projetos da Associação Caatinga, o No Clima da Caatinga tem a meliponicultura (criação racional de abelhas sem ferrão) como tecnologia sustentável.
Essa atividade está intimamente ligada aos costumes das comunidades sertanejas e o seu desenvolvimento tem colaborado para o incremento de renda de pequenos agricultores e, ao mesmo tempo, acelera a recuperação do meio ambiente. Conheça! Preserve! Conserve!