Handara CO2 free – Usando a moda para conservar Reservas Naturais
A Handara, empresa atuante desde 1995 no cenário da moda no Brasil, em parceria com a Associação Caatinga dão início a ação, Handara CO2 free. O projeto tem como objetivo reverter parte da renda dos produtos em preservação direta e imediata para a RPPN Reserva Natural Serra das Almas (RNSA), localizada no sertão de Crateús e na elaboração do plano de manejo da RPPN Belo Monte, situada no município de Mulungu (CE).
Por meio da mitigação de parte das emissões de CO2 da Handara, o projeto visa ampliar e consolidar a proteção de florestas mediante a manutenção e melhoria na gestão de Unidades de Conservação no Estado, bem como a disseminação de campanhas de educação ambiental. A Associação Caatinga, através dessa parceria, busca dar continuidade e avanços às atividades inovadoras de conservação e desenvolvimento sustentável não só do bioma Caatinga, mas de todos os outros presentes no estado do Ceará.
Motivos para proteção
De acordo com o Relatório de Monitoramento do Desmatamento na Caatinga do Ministério do Meio Ambiente, 45,4% da área total do bioma já foi alterada, fato que o coloca entre os biomas brasileiros mais modificados pelo homem. Este também é o bioma mais desprotegido, somente cerca de 1% dele é protegido legalmente por unidades de conservação de proteção integral. No estado do Ceará esse percentual chega a menos de 0,25%.
Em nenhum outro bioma existem tão poucas unidades de conservação. A pressão antrópica na Caatinga ocorre desde a sua ocupação colonial e prevalece até os dias de hoje sobre a forma de desmatamentos, queimadas, produção de carvão vegetal, corte e queima de madeira para lenha. Essas ações contribuem fortemente para a emissão de CO2 na atmosfera e para a promoção de condições ainda mais precárias de vida no semiárido.
RPPN Serra das Almas – Crateús
No sertão de Crateús (CE) está localizada a Reserva Natural Serra das Almas e as comunidades que receberão a intervenção direta do projeto. Distante 400 km de Fortaleza, a RNSA além de abrigar os variados tipos de vegetação de Caatinga preservada ao longo de mais de 6.000 hectares de extensão, se torna também um verdadeiro santuário ecológico, onde acolhe uma gama variada de espécies de animais típicos do bioma Caatinga.
RPPN Belo Monte – Mulungu
Considerado o maior enclave de Mata Atlântica do Ceará, o Maciço do Baturité representa uma ilha de floresta úmida em plena paisagem semiárida – 92% do Estado do Ceará é revestido pela Caatinga. Nele encontra-se inserida a APA Estadual da Serra de Baturité, formada por 13 municípios e ocupando uma área 38.220 hectares. Essa serra residual cristalina de Mata Atlântica vem, nos últimos anos, sofrendo uma enorme pressão degradadora por variados fatores.
Levantamentos técnicos realizados destacam a importância e a vulnerabilidade desse ambiente. Sua cobertura vegetal complexa serve de refúgio ecológico para uma fauna e flora diversificada, tendo função vital para a manutenção dos processos ecológicos na Caatinga e projetando-se como condição indispensável na formação e manutenção de diversos afluentes que formam a importante bacia hidrográfica do Rio Pacoti.
Serviço
O plano de manejo é um documento técnico elaborado com base nos objetivos da Unidade de Conservação (UC) e estabelece seu sistema de gestão com base no zoneamento e programas de manejo. Este documento irá nortear e regular o uso que se faz da UC e o manejo dos seus recursos naturais, inclusive a implantação das estruturas físicas necessárias a sua gestão.
Para a realização deste serviço a Associação Caatinga conta com uma equipe técnica e de consultores especializados em diagnósticos da fauna, flora, meio físico, aspectos socioeconômicos, situação fundiária, uso público, planejamento e gestão de áreas protegidas.
Olha só o vídeo que fizemos sobre o projeto: