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A Reserva Natural Serra das Almas (RNSA), unidade de conservação privada gerida pela Associação Caatinga desde 2000, recebeu, nesta terça-feira, 15, a sexta edição do “Curso Formigas do Brasil”. O evento, que dura até o dia 20 de novembro, faz parte do projeto Formigas do Brasil, uma iniciativa criada por pesquisadores da área da mirmecologia (o estudo de formigas).

O curso terá duas fases. A primeira será realizada dentro da RNSA, onde os participantes do curso irão debater o tema abordado, além coletar formigas a partir de técnicas e protocolos padronizados. Após esse momento inicial, a segunda fase do evento será realizada em Pacoti (CE), nas dependências da Universidade Estadual do Ceará (UECE), os pesquisadores irão analisar os dados e materiais coletados.

Yves Quinet, professor da UECE e um dos organizadores regionais do evento, afirma que os participantes do curso “terão a oportunidade de aprimorar o seu conhecimento acerca da biologia e ecologia de formigas, bem como suas habilidades de coleta, processamento e identificação de espécimes de formigas encontradas nos diferentes biomas brasileiros”.

Projeto Formigas do Brasil

O Projeto Formigas do Brasil foi criado em 2012 por três mirmecólogos: Rodrigo S.M.Feitosa, Carla Ribas e Fernando A. Schmidt. Segundo o site oficial do projeto, o objetivo da iniciativa é “contribuir de forma efetiva na formação das novas gerações de mirmecólogos interessados nas diversas áreas de conhecimento nas quais se pode utilizar as formigas brasileiras como modelo de estudo”. Para garantir o sucesso da iniciativa, o Projeto Formigas Brasil atua por meio de três linhas de ação: ensino, pesquisa e divulgação.

O “Curso Formigas do Brasil” acontece de dois em dois anos e cada edição é realizada em um bioma brasileiro diferente. A edição cearense traz oportunidades ao grupo de pesquisadores. Yves explica que “apesar do Ceará apresentar várias fisionomias da Caatinga e exibir uma exuberante biodiversidade, estudos envolvendo formigas são ainda incipientes. Além disso, pressupõe-se que a região possua potencial para a descoberta de muitas espécies novas”.